quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Respostas aos questionamentos e reflexão do eixo IV

A pedido da tutora Rôsangela vou estabelecer uma relação entre teoria e prática em diferentes áreas do conhecimento no eixo III. Especialmente nos estudos desenvolvidos no Seminário Integrador III, no vídeo assistido “Doze Homens e uma Sentença”, aprendi a importância do poder que o argumento pode exercer em nossa vida, somente basta que ele seja muito bem elaborado, e que realmente a pessoa que esteja argumentando tenha firmeza e sustente o mesmo, é preciso defender, questionar, refutar determinado assunto, fato, situação. Mas, para isso é preciso de objetos que provam aquela linha de raciocínio, o que chamamos de evidências.
Desse modo, é preciso em nosso TCC apresentarmos evidências e argumentos suficientes para discutir, analisar e encontrar as possíveis respostas tendo um embasamento nas diferentes concepções dos autores, que precisam serem discutidas, argumentadas sob o ponto de vista teórico e empírico do pesquisador.
Colocando os argumentos em prática, gostaria de responder o seguinte questionamento da tutora: “o que te levou a tomar o Pica-Pau como um conto de fadas? Não seria o desenho animado um gênero discursivo diferente? Afinal, tua discussão se aproxima mais da Literatura ou da Comunicação (televisão)?”
Com certeza o desenho do Pica-Pau parte da televisão e não da literatura, porém em determinados episódios desse desenho ele se assemelha com a literatura, especialmente os contos de fadas, pois tem um final feliz, apresentam personagens semelhantes a essas histórias. Por exemplo, no episódio Os perdidinho, mostra dois pica-paus que dizem que são João e Maria, e vão passear na floresta e se perdem, mas no desfecho final conseguem voltar pra casa como no conto de fadas de João e Maria.
Desse modo, eu quis dizer que o Pica-Pau não é um conto de fadas, apenas apresenta certos episódios que são semelhantes a eles, como ressaltei acima.
Após atender as solicitações da tutora, pude rever as propostas das interdisciplinas do 4º semestre, constatei que elas não contribuíram para minha análise e fundamentação teórica de meu trabalho de conclusão do curso, uma vez que os estudos desenvolvidos em Matemática enfatizaram a classificação e seriação, espaço e forma, os números e as operações, o que não cabe dentro de minha pesquisa, apesar dos números estarem presentes nos gráficos criados para demonstrar os resultados obtidos, como, por exemplo, de 7 crianças entrevistadas, 4 assistem o Pica-Pau, etc.
Já interdisciplina de Ciências enfatizou a nossa interação no espaço, as transformações que fazemos neste e os ciclos da natureza e a interdisciplina de Estudos Sociais abordou as noções de tempo e espaço e o ensino dos estudos sociais. Assuntos esses que não fazem parte do processo de investigação sobre as possíveis influências do Pica-Pau na infância das crianças.
Entretanto, o Seminário Integrador IV contribuiu nos fazendo pensar sobre a arte de fazer perguntas, questionar a realidade, lançar perguntas e buscar respostas, valorizar nossas curiosidades, etc. Todas essas questões estão presentes no meu tcc, pois precisei escolher uma questão, um problema que partiu de minha curiosidade e vai ao encontro da realidade do aluno, porém para achar as possíveis respostas precisei enfrentar um processo de investigação, de busca que foi motivado a partir do meu interesse, o qual está construindo um processo de ensino aprendizagem prazeroso.

Um comentário:

Rosângela disse...

Oi Deise,

Tua postagem esclareceu os questionamentos que fiz. É realmente pelo argumento, acompanhado de evidências que expomos nossas ideias e mostramos a relevância delas. O trabalho que vocês fazem no blog é, sem dúvida, um bom exercício de argumentação.

Quanto ao eixo IV destacaste aprendizagens importantes que, se não contribuíram diretamente na construção do teu TCC, acredito, ajudaram muito na tua prática docente durante o estágio. As interdisciplinas de Matemática, Ciências e Estudos Sociais foram muito ricas no que se refere ao repensar o fazer docente.

Beijos, Rô Leffa.